Olhares sobre o ESC2015: Finlândia


Finlândia
Intérprete(s): Sandhja
Tema: Sing It Away



André Moreira - Começo esta opinião com três constatações: se havia país com mais facilidade em não piorar a sua proposta de um ano para o outro esse seria a Finlândia; se havia um país que já sabíamos que o vencedor não iria ser o favorito, esse país seria a Finlândia; e se havia um país que tinha de cumprir com as duas anteriores seria a Finlândia – e eles cumpriram. Sandhja traz-nos uma proposta que na minha visão é divertidíssima e cheia de energia. O tema é muito ao estilo do “Say Yay” da espanhola Barei. É um convite para avançar mesmo quando tudo parece que corre mal e um hino para a expulsão dos impedimentos que construímos para nós mesmos. A interpretação é bastante satisfatória em termos de dinâmica e presença em palco e também em termos de coro. Acontece que, com uma Sandhja tão ligada ao tema e que gosta de se divertir em palco, a mesma acaba por se cansar prejudicando-a seriamente nas finalizações das palavras ou mesmo de alguns versos. Não acredito numa passagem à final embora pense que merecesse, quer pela simplicidade, quer pela alegria que me transmite.

7 pontos


André Pereira - Não é assim uma grande canção mas é 1000x melhor que a música da Finlândia do ano passado. Talvez consiga, ou não, a passagem à final, mas seria interessante vê-la na final! Faz parte de um lote de músicas do mesmo género deste ano cuja originalidade é 0%. As músicas da Bélgica, Malta e Espanha são do mesmo género. É bastante divertida, com uma excelente batida. A letra fica na cabeça e faz com todos começam a cantar “sing it away…”.

6 pontos

Daniel Fidalgo - Apesar de não ter sido a vencedora mais justa da final nacional finlandesa, Sing It Away é divertida e a intérprete possui atitude suficiente para levar a Finlândia a bom porto. As dificuldades no apuramento poderão surgir pelo facto de não ser a melhor canção do género nesta edição e da semifinal onde está incluída ser relativamente forte. A ver vamos o futuro imprevisível da Finlândia este ano.

8 pontos


Fabiana Silva - Não ter escolhido Mikael Saari como representante será um fardo que a Finlândia terá que carregar por muitos e muitos anos. “Sing it Away” tem uma batida cativante e seu refrão é fácil de ser lembrado, mas o conjunto em si é repetitivo e nada surpreendente. É o mais fraco dentre os que seguem essa linha ‘funk’ (Bélgica e Espanha) e incomoda-me um pouco o fato de Sandhja não conseguir cantar e dançar ao mesmo tempo. Não consigo vê-los como finalista este ano e espero que haja mudanças na forma de votação do UMK, para que injustiças como a de Saari não se repitam.

1 ponto

Fernanda Ribeiro - Se o Punk não resulta, passemos ao Pop? Sabemos que cantar e dançar nos faz sentir muito melhor, mas, felizmente, há melhores canções neste concurso. Aliás, nos anos 80 e 90, fez-se muito melhor neste mesmo estilo. A Sandhja canta bem e vai dar o seu melhor, disso tenho a certeza, até porque tem um ar determinado e muito simpático.

Hugo Sepúlveda - Depois de 2015, Finlândia só poderia apresentar algo melhor. Sing It Way é um tema alegre e energético que convida a desanuviar, dançar e fazer uma pausa para descontrair. No entanto, penso que falta algo à música, algo marcante, é só mais uma no certame. Sandhja apresenta uma boa presença em palco, respondendo ao que a música pede. Apesar de tudo, não acredito que passe à final pois está numa semifinal muito forte.

3 pontos


João Diogo - Sing It Away tem um início bastante promissor e interessante mas isso perde-se ao longo da música, e esta acaba por tornar-se bastante banal. A energia está lá, a Sandhja vive a música e será um início animado para a semifinal, mas tenho algumas dúvidas que conquiste quer o público quer o júri. Na luta pela melhor música pop/funk deste ano perde, na minha opinião, para Espanha mas ganha à Bélgica. Nota final para a parte em que a Sandhja parece que canta "sing it away, I'll munch you b*lls away". Perigoso.

3 pontos

Nelson Costa - Após o incidente musical finlandês na edição de 2015 no Festival Eurovisão, eis que a YLE volta a apostar numa canção para a Eurovisão. “Sing It Away” é um tema com bom feeling, alegre e despretensioso, contudo, não é marcante nem salta à vista no conjunto de canções em competição na sua semifinal. Pontos muito positivos: a voz e o carisma da intérprete. Pontos muito negativos: o coro estridente da final nacional e a repetição exagerada.

5 pontos

Patrícia Gargaté - Esta música faz-me lembrar um misto de hino do europeu de futebol com um par de músicas que já passaram pela eurovisão, o que não é nada bom. Acho que pode resultar com algum público porque tem groove, é animada e até pode fazer uma boa abertura para o ESC2016. Agora quanto ao passar à final... No meio de tantas outras músicas que podem ter muito mais impacto, talvez possa ficar para trás. Dica para Estocolmo: Luzes, dança e jogo de camaras, o ideal é fazer o público querer dançar!

6 pontos

Pedro Fernandes - A Finlândia apresenta uma proposta melhor que a do ano passado (diga-se que qualquer uma seria melhor que a do ano passado) no entanto é uma proposta que não vai fazer moça. A Finlândia confirma que continua muito longe da qualidade que ao longo dos anos apresentam os seus vizinhos do bloco nórdico, ao qual pertence. É agradável, tem groove mas não passa disso. Pode ganhar mais alguma coisa com uma apresentação em palco bem-disposta, a par com o espírito do tema.

4 pontos

Rui Ramos - Abrimos o ESC2016 com um tema cativante, mexido e que é para mim a escolha certa para esta mesma abertura. Gosto, é prometedor no início mas é somente isto. Acaba por estagnar e tornando-se só interessante por causa da Sandhja e das back vocals. Aliás, o ponto mais forte desta atuação. Sandhja tem um live irrepreensível e muito competente. Não acompanhei o UMK mas se compararmos com o ano passado evolução não falta! 'Sing it away' não está nos meus tops mas, apesar de cantar em primeiro lugar, na semifinal em que se encontra espero uma passagem à final terminando na 2ª metade da tabela.

2 pontos

Sérgio Rego - Uma canção disco-funky interpretada por uma cantora carismática. Uma proposta indubitavelmente melhor que a canção finlandesa do ano passado. Gosto bastante, lembra-me um pouco a canção finlandesa de 2002 ("Addicted to You" da Laura Voutilainen), mas infelizmente não me parece que a Finlândia passe à final este ano por estar numa semifinal deveras competitiva.

7 pontos


Total: 52 pontos


Atenção: Os textos da Fabiana Silva encontram-se em português do Brasil dada a origem da comentadora.

8 comentários:

  1. O refrão é muito irritante e só me faz querer que a música acabe, contudo o resto da música é interessante. Pelo conteúdo da final nacional da Finlândia, esta foi, sem dúvida, uma péssima escolha.

    4 pontos

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  2. O refrão torna-se muito repetitivo o que faz com que me canse de ouvir a música.

    4 pontos

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  3. João Diogo, percebi desde a primeira audição da canção as palavras que a Sandhja canta. E Inglês não é a minha língua materna!
    'Sing it away' é uma canção de qualidade, excelente, e ainda bem que triunfou sobre o super amador Mikael Saari e a sua canção pálida! Excelente escolha, Finlândia!

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  4. Nesta música encontramos alguns pontos de contacto com a espanhola, mas sem a mesma graça e desenvoltura, ouvi-a agora mesmo completa pela primeira vez e confirmo que não perdi nada em não a ter escutado antes. Dou-lhe 1 ponto pelo esforço da intérprete em tentar fazer brilhar uma música que não tem chama. Por mim não passaria à final, não seria justo tirar o lugar a outras muito melhores.

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  5. Não consigo gostar. É completamente ofuscada por outras canções do mesmo estilo a concurso este ano (Falo da Bélgica e de Espanha). Acho que não tem a menor hipótese de se qualificar, ainda para mais cantando em primeiro. (Deviam ter escolhido os Gusani Brothers ou a Saara Aalto)

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  6. uma banalidade inútil. Só lá está mesmo a ocupar espaço.

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  7. canção banal (superior à proposta belga mas inferior à espanhola) - 5 pontos

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