Olhares sobre o ESC2016: Albânia



Albânia
Intérprete(s): Eneda Tarifa
Tema: Fairytale



André Moreira - Um dos maiores assassínios do ano – destes que não constituem crime – mas que deveriam. A versão albanesa cativou-me imenso e conseguiu permanecer no meu top 5 durante imenso tempo. Eis que sou presenteado com a versão inglesa que para além de forçada e cliché, se torna tão desprezível como um panfleto deixado no para-brisas do carro. A música consegue irritar-me, a voz da Eneda fica muito falsificada e vulgar o que retirou imensa força à proposta. Lamentável! Não passará, nem de perto verá os lugares de acesso à final.

3 pontos

André Pereira - A versão em albanês era 100 vezes melhor que esta. Com tanta música boa este ano no FiK foram logo escolher esta música… Bem, na versão da Eurovisão a letra é péssima mas o instrumental continua a ser bom, mas não tanto como na versão anterior.

1 ponto


Daniel Fidalgo - Se por um lado temos a versão albanesa apresentada na final nacional do país, bem composta, com força, com brilho, dramática e com uma interpretação muito característica por parte de Eneda, por outro temos a versão inglesa, que simplesmente perdeu tudo o que a versão original tinha de positivo. Desde a letra com problemas linguísticos, ao instrumental que tenta (e apenas tenta) criar uma atmosfera algo surrealista, a versão eurovisiva é muito mais vazia do que a versão inicial. O único aspeto positivo que consigo expor é a voz particular de Eneda. Mas não basta voz, é necessário conteúdo…

3 pontos


Fabiana Silva - Talvez este seja o maior equívoco do Eurovision 2016. A Albânia provou mais uma vez que não sabe fazer ‘revamp’ e o resultado final de “Fairytale” decepcionou os fãs (não foi o meu caso, pois venho falando desde sua escolha que a versão final ficaria pior que a original). O novo arranjo a transformou em uma versão piorada de “Feel the passion” – que, lembramos, não passou para a final em 2011 - e tê-la traduzido para o inglês tirou totalmente sua identidade e seu charme. Eneda continua sendo uma excelente intérprete, mas não acredito que ela vá conseguir uma vaga na final, nem que ela faça a melhor apresentação da noite.

1 ponto


Hugo Sepúlveda - Se Israel nos mostrou como se faz um revamp, a Albânia veio mostrar exactamente o oposto. Certo que a música não era uma obra-prima, mas era muito melhor que esta versão final. Perdeu toda a força que tinha e o albanês disfarçava em pleno a letra fraquíssima que tem. Não sei como deixaram que pelo menos o refrão ficasse assim, o que outrora era o ponto-chave onde Eneda brilhava, é agora algo sem potência nenhuma. A única coisa boa é que a intérprete mantém a sua garra, presença e, acima de tudo, a grande voz que tem – apesar de terem limitado as hipóteses de ela brilhar. Acredito que a versão anterior teria mais hipóteses de passar à final, mas nunca se sabe se Eneda ao vivo conseguirá dar a volta levar Albânia à final – mas não tenho grandes esperanças disso.

3 pontos

João Diogo - Fairytale é tudo menos um conto de fadas. A música albanesa perdeu toda a sua força e garra com a transformação para inglês. Gostava da versão original, era interpretada com muito mais sentimento e força pela Eneda, e nesta versão em inglês nem ela se safa. A Albânia meteu os pés pelas mãos e este tema vai passar ao lado de toda a gente, ainda por cima depois dos telespetadores já terem ouvido 17 músicas. Não passará da semifinal.

2 pontos

Nelson Costa - A Albânia costuma ser dos meus países favoritos na Eurovisão, com propostas alternativas. Em 2016, eu preferia a versão inicial da canção e tenho pena que não tenham mantido uma parte cantada na língua albanesa com orquestra, que dava outro corpo e outra intensidade ao tema. Desta forma, o refrão torna-se repetitivo demais e a letra fraca fica mais evidente. Será de difícil qualificação este “Fairytale”, a não ser que a voz potente de Eneda Tarifa e/ou uma excelente performance lhe salvem os pontos.

5 pontos

Patrícia Gargaté - Eu costumo gostar tanto deste país na Eurovisão, mas este ano ficou aquém das minhas expectativas. O tema não realça nada das qualidades da Eneda torna-se claramente aborrecido. Tenho sérias dúvidas que se consiga destacar no meio de outros temas. A Albânia precisa aqui de uma grande performance para levar uma pessoa pegar no telemóvel e votar. Pontos positivos para o refrão, do pouco que vale a pena nesta música. Dica para Estocolmo: gostava de ver a Eneda a solo em palco, por menos emocionante que isso possa parecer.

6 pontos

Pedro Fernandes - Uma proposta bem pior que a do ano passado, a qual adorei. Notam-se melhorias na canção desde que venceu o Festival i Kënges,, mas não a vão salvar de grandes dificuldades pelo que deverá ficar pela semifinal.

3 pontos

Rui Ramos - Quando se fala da obrigatoriedade de cantar nas próprias línguas, a Albânia é um grande exemplo! Todos os anos cometem o crime de trocarem para uma versão inglesa e perdem toda a mística das músicas e a oportunidade de mostrarem a sua linda língua ao mundo. Este 'Fairytale' tem como ponto forte a sua intérprete, Eneda Tarifa, possuidora de uma potente voz e que poderá salvar a Albânia de ficar pela semifinal.

4 pontos

Sérgio Rego - O meu comentário é o último a ser lido e tenho a certeza que vou estar a repetir o que já foi dito pelos colegas acima. A versão original em albanês "Përallë" era tão, mas tão mais forte que a versão final em inglês. De balada misteriosa e poderosa passou a uma canção mediana, com arranjos medianos e uma letra em inglês mediana, o que é pena. É um dos tais casos que mais valia estarem quietinhos. No entanto, até gosto mais ou menos. A melodia da canção continua lá mas perdeu força. Eneda Tarifa é uma excelente cantora e tenho a certeza que dará o seu melhor, no entanto, penso que a Albânia ficará pela semifinal este ano.

6 pontos


Total: 37 pontos

1 comentário:

  1. Mais um conto de fadas para entreter a paciência que já vai faltando a alguns fãs do Euro. Ora no fundo do mar ora no bosque, é assim que ela vive o seu sonho, quer rodeada de rodas dentadas quer em cadeiras cheias de correntes.Nesta cantiga falta quase tudo,desde uma verdadeira história de fadas, onde é suposto haver príncipes e princesas, mas ela aparece sempre sozinha, não se vislumbra outra viva alma senão a dela. E digo que falta quase tudo porque esta Eneda até tem uns traços finos e a voz dela parece-me desaproveitada com este tema bacoco.Para ela, não para a canção, vão os meus 2 pontos.

    ResponderEliminar