Olhares sobre o FC2017: O Que Eu Vi Nos Meus Sonhos (Deolinda Kinzimba)


Tema: O Que Eu Vi Nos Meus Sonhos
Intérprete: Deolinda Kinzimba
Compositor: Rita Redshoes
Letra: Senhor Vulcão




Aaron Garcia-Alvarez: O som é mesmo fiel a Rita Redshoes, e isso que como ela diz e a “primeira vez que compõe uma musica para outra pessoa que não ela própria”. Merece mesmo estar na grande final e ser uma das apuradas da noite. Uma canção que cresce e se faz “mais” no palco. Parabéns! 8 pontos

Eurico Alves: Grande voz a da Deolinda aliada a uma canção com grande qualidade composta pela Rita Redshoes. Em inglês poderia ter uma nova roupagem, mais firme, mas ainda assim tem uma vertente comercial que pode fazer dela um sucesso, mas no ESC ser comercial nem sempre é bom, e mais uma vez não vejo isto no ESC. É muito bom mas não é para lá…3 pontos

Fabiana Silva: Como uma cantora tão maravilhosa como a Deolinda Kizimba pode cantar uma balada tão sem graça, antiquada e repetitiva? Não me espantou ela ter ficado a um ponto da eliminação, pois O Que Eu Vi Nos Meus Sonhos não demonstra o poderio vocal e o carisma dela. Deolinda tem condições de vencer a Eurovisião com um baladão orquestrado, meio gospel. As apresentações dela do The Voice me arrepiavam, essa nem conseguiu tirar um sorrisinho do canto da minha boca. O maior desperdício de talento da noite. 2 pontos

João Diogo: Mais uma boa canção para consumo interno, mas pouco indicada para a Eurovisão. Soa um bocadinho a genérico de telenovela, mas reconheço-lhe qualidade. A Deolinda dá muito bem conta do recado, como seria de esperar. No entanto, sabe a pouco. Esperava algo mais explosivo, como a Deolinda nos habituou. Assim, ficou um pouco esquecível. 5 pontos

Luís Florindo: Canção sofrível. Balada que não desenvolve e não cria emoção no instrumental, letra ou presença da cantora. Rita Redshoes tem um reportório rico e original que não se reflete nesta canção. 2 pontos

Nelson Costa: Deolinda deu tudo de si; foi mais uma grande interpretação que honrou uma balada competente de Rita Redshoes. Todavia, a canção merece um refrão com uma estrutura mais marcante. De destacar o facto de este tema poder ganhar pontos se cantado em inglês. Ponto positivo para o figurino, o melhor da noite no feminino. 6 pontos

Nuno Carrilho: Outra das candidaturas em que tinha as maiores expectativas depositadas... O tema, como a grande maioria do lote da semifinal 1, é ótimo para passar numa rádio, numa telenovela ou para ouvir em casa: mas não para o Festival Eurovisão. Com a marca "Rita Redshoes" bem visível, o tema torna-se muito monótono para o poderio vocal de Deolinda, intérprete que fez das melhores interpretações da noite. Se o Festival da Canção fosse para eleger o melhor tema a concurso merecia um grande destaque, mas como serve como processo de seleção para o Festival Eurovisão deve ficar fora do lote de candidatos à vitória. 6 pontos

Patrícia Gargaté: Por falar em temas que não são adequados aos intérpretes, aqui está sem dúvida o caso mais grave desta semifinal. Este tema transpira Rita Redshoes em todo o instrumental, um registo soft e característico da compositora, que errou claramente em escolher a Deolinda, que tem mais estilo para interpretações de diva, com um tema mais épico e não tão linear como este. É claro que não foi uma má interpretação porque não há como ser, canta que se farta e é uma excelente presença, simplesmente foi mal aproveitada. 6 pontos

Pedro Coelho: As referências à música de Rita Redshoes são muito visíveis, mas Deolinda acaba por dar uma força diferente a esta composição, graças ao alcance e profundidade da sua voz. É de resto uma pena que o potencial vocal da intérprete nunca seja posto à prova, numa música que parece vaguear em círculos sem chegar a lado nenhum. O final tenta uma subida de tom, mas dá ideia de que Deolinda é a única âncora de uma canção que soa desinspirada. 3 pontos

Raquel Costa: Estou a ouvir O que Eu vi Nos Meus Sonhos pela terceira vez e já não me parece tão soporífera como na noite da semifinal. Ainda assim, é pouca música para uma voz como a de Deolinda Kinzimba. Muito palavrosa, mole, melancólica, sem gancho nem apoteose. Uma música bonita para estar incluída num álbum mas nunca para o Festival da Eurovisão. 6 pontos

Rui Lavrador: Deolinda Kinzimba teve das melhores prestações da noite. O que eu vi nos meus sonhos da autoria de Rita Redshoes e com letra de Rita Redshoes e Senhor Vulcão foi muito bem proposta para a voz de Deolinda Kinzimba. Um tema em crescendo com final apoteótico e com um instrumental sublime. 7 pontos

Rui Ramos: A passagem à final aconteceu porque o júri conseguiu puxar esta música para cima no top. E porque na realidade as outras músicas estavam ao mesmo nível. Seria um pim-pam-pum. Foi apelidada pela compositora como a diva de Kiev, eu gostava de lhe poder chamar também, mas não com esta música. Deolinda tentou mas não conquistou o público. Vale pela simpatia. Está na final para cumprir calendário, mas espero vê-la num futuro próximo noutro festival da canção com uma música que me cative mais e que me encha de orgulho de poder ser nossa representante. 4 pontos


Total: 58 pontos
Nota: Os comentários de Fabiana Silva estão escritos em português do Brasil dada a origem dos autores.

1 comentário:

  1. Nuno Carrilho diz "Se o Festival da Canção fosse para eleger o melhor tema a concurso merecia um grande destaque, mas como serve como processo de seleção para o Festival Eurovisão deve ficar fora do lote de candidatos à vitória." ???? Não, o festival da Canção É para eleger o melhor tema....a Eurovisão é uma consequência! E a RTP, por mais que não se goste, tem isto na ideia...daí preocupar-se mais em convidar compositores competentes do que planear tudo em função da Eurovisão. Não estou a dizer que concordo...apenas estou a dizer que é nitidamente a postura da RTP e dos próprios compositores. A maioria foi dizendo nas entrevistas que viam o festival como uma espécie de "showcase" da música portuguesa...

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